Porque o cachorro come fezes?
Porque o cachorro come fezes? Essa é uma dúvida que intriga e preocupa muitos tutores. Ver um cão ingerindo fezes pode ser chocante, mas esse comportamento, conhecido como coprofagia, é mais comum do que se imagina — especialmente entre filhotes.
Embora pareça estranho aos olhos humanos, a ingestão de fezes pode ter causas naturais, comportamentais ou até clínicas, exigindo uma análise cuidadosa do ambiente, da alimentação e da saúde do animal.
Entender porque o cachorro come fezes é o primeiro passo para lidar com o problema de forma eficaz. Em muitos casos, o hábito está ligado à curiosidade, tédio, ansiedade ou deficiências nutricionais.
Em outros, pode ser uma resposta a traumas passados, punições inadequadas ou até tentativas de “limpar” o ambiente. Compreender os gatilhos desse comportamento é essencial para aplicar soluções seguras, respeitosas e duradouras no dia a dia do pet.
Comer fezes é normal para um cachorro?
Apesar de causar estranhamento, comer fezes pode ser considerado normal em alguns momentos da vida do cachorro. Filhotes, por exemplo, exploram o ambiente com a boca e muitas vezes ingerem fezes por curiosidade. Esse comportamento tende a desaparecer com o amadurecimento.
Cadelas também podem apresentar coprofagia ao cuidar dos filhotes. Nesse caso, o objetivo é manter o ambiente limpo e seguro. É um instinto de proteção natural, especialmente nas primeiras semanas após o parto.
No entanto, quando um cão adulto começa a comer fezes com frequência, isso pode indicar desequilíbrios. Comportamentos repetitivos, compulsivos ou fora do contexto exigem atenção.
O que significa quando um cachorro come fezes?
Quando um cão começa a ingerir fezes de forma recorrente, isso pode ser um sinal de que algo não está bem com o seu comportamento ou saúde física. A prática da coprofagia nem sempre é apenas um hábito desagradável — muitas vezes, ela está relacionada a questões emocionais ou fisiológicas que precisam ser identificadas.
No campo comportamental, a ingestão de fezes pode indicar ansiedade, estresse, solidão ou tédio. Cães que passam muito tempo sozinhos ou que vivem em ambientes pouco estimulantes tendem a desenvolver comportamentos compulsivos. Em alguns casos, o cachorro pode estar tentando imitar outro animal ou até mesmo reproduzir comportamentos que viu sendo reforçados de maneira indireta.
Já entre as causas fisiológicas, destacam-se as deficiências nutricionais, que podem ocorrer devido a rações de baixa qualidade ou dietas desequilibradas. Se o corpo do cão não está absorvendo corretamente os nutrientes, ele pode buscar nas próprias fezes aquilo que está faltando, como enzimas digestivas, vitaminas e minerais. A presença de vermes intestinais ou distúrbios digestivos também pode provocar essa reação.
Quais são as causas da coprofagia em cães?
A coprofagia em cães pode ter diversas origens, e entender essas causas é fundamental para tratar o problema com eficiência. Uma das razões mais comuns é a alimentação inadequada. Quando a dieta do cachorro não supre as necessidades nutricionais básicas, o animal pode buscar nutrientes nas fezes, que ainda contêm restos de proteínas, fibras e enzimas. Rações de baixa qualidade, dietas desbalanceadas ou mesmo problemas de absorção intestinal podem levar o cão a desenvolver esse comportamento.
Outro fator importante é a falta de estímulo mental e físico. Cães entediados, ansiosos ou que permanecem longos períodos sozinhos tendem a apresentar comportamentos compulsivos, e a coprofagia pode ser uma forma de aliviar o estresse ou preencher o vazio da rotina. O enriquecimento ambiental, com brincadeiras e exercícios, é uma forma eficaz de reduzir esses episódios.
Ambientes sujos ou a negligência na higiene também são fatores que contribuem para a coprofagia. Cães que vivem em locais onde as fezes não são recolhidas regularmente podem acabar se acostumando a esse hábito. Além disso, a falta de supervisão dos tutores permite que o comportamento se consolide, dificultando a correção posterior.
Por fim, o histórico de traumas ou punições severas pode desencadear a coprofagia. Cães que foram punidos de maneira inadequada por eliminarem em locais errados podem tentar esconder as fezes ingerindo-as, numa tentativa de evitar repreensões. Esse comportamento é comum em animais resgatados ou que sofreram maus-tratos, e exige uma abordagem cuidadosa e profissional para reverter o quadro.
Como fazer o cachorro parar de comer o próprio cocô?
Para controlar a coprofagia em cães, uma das abordagens mais eficazes é utilizar técnicas de reforço positivo. Essa estratégia consiste em recompensar o animal sempre que ele se comportar de forma adequada, como ignorar as fezes durante os passeios ou dentro de casa. Com petiscos, carinho ou brinquedos, o cão associa a boa conduta a uma consequência prazerosa, o que ajuda a reduzir o interesse pela ingestão de fezes de forma natural e gradual.
O treinamento e a supervisão constante também são fundamentais para evitar que o comportamento se torne um hábito difícil de reverter. É importante que o tutor esteja atento durante os momentos em que o cão está solto, direcionando a atenção para comandos básicos como “não” ou “deixa”. A vigilância ajuda a interromper a ação antes que ela ocorra, facilitando o controle da coprofagia e fortalecendo a obediência do animal.
Outra medida essencial para prevenir e combater esse comportamento é o enriquecimento ambiental. Cães que possuem atividades diárias variadas, exercícios físicos regulares e estímulos mentais adequados têm menos probabilidade de desenvolver hábitos indesejados, como a ingestão de fezes. Brinquedos interativos, passeios mais frequentes e a inclusão de novas experiências no cotidiano do animal contribuem para o equilíbrio emocional e físico do pet.
Além disso, é fundamental manter o ambiente limpo, recolhendo as fezes imediatamente para eliminar a tentação e reforçar uma rotina saudável. Combinar essas estratégias com atenção às necessidades nutricionais do cachorro e, se necessário, acompanhamento veterinário, assegura um tratamento eficaz e duradouro contra a coprofagia.
Existe remédio caseiro para cachorro que come fezes?
Embora o comportamento de comer fezes (coprofagia) em cães seja preocupante para muitos tutores, existem algumas soluções naturais seguras que podem ser aplicadas no dia a dia. Esses métodos visam corrigir deficiências nutricionais, melhorar o paladar dos alimentos ou simplesmente tornar as fezes menos atraentes.
Entre as abordagens mais populares está o uso de alimentos ricos em fibras e enzimas digestivas naturais, como a abóbora cozida, que ajuda a regular o intestino e pode diminuir o interesse do cão por suas próprias fezes.
Algumas misturas caseiras com ingredientes comuns também podem ser úteis. Por exemplo, adicionar uma pequena quantidade de abacaxi, mamão ou iogurte natural sem açúcar à ração pode alterar o sabor e o cheiro das fezes, tornando-as desagradáveis ao cão.
Esses alimentos contêm enzimas e probióticos que favorecem a digestão, e por isso são frequentemente recomendados como remédios caseiros para coprofagia canina. Além disso, é importante manter uma dieta equilibrada, evitando rações de baixa qualidade ou defasadas em nutrientes essenciais.
No entanto, é fundamental saber o que evitar. Muitos tutores recorrem a ingredientes inadequados, como temperos fortes, pimentas ou substâncias tóxicas, que podem causar irritações gastrointestinais ou até intoxicação.
Além disso, remédios caseiros nunca devem substituir uma avaliação veterinária. Cada caso de coprofagia tem suas causas específicas — e um plano eficaz deve considerar fatores como comportamento, alimentação e saúde intestinal.
Portanto, o uso de soluções naturais deve ser feito com responsabilidade, sempre observando a resposta do animal.
Algumas raças têm mais tendência a comer fezes?
Sim, algumas raças de cães apresentam maior tendência à coprofagia, e isso pode estar relacionado a fatores genéticos, comportamentais e até mesmo ao nível de atividade mental e física do animal.
Estudos mostram que raças como o Labrador Retriever, Golden Retriever, Beagle e Poodle estão entre as mais frequentemente associadas a esse comportamento. Essas raças, conhecidas por serem inteligentes e enérgicas, podem desenvolver o hábito de comer fezes como forma de aliviar o tédio, ansiedade ou por imitação de outros cães.
As diferenças entre cães pequenos e grandes também influenciam essa prática. Cães de pequeno porte, como o Shih Tzu, Chihuahua e Yorkshire Terrier, muitas vezes vivem em espaços mais restritos e com menos estímulo ambiental, o que pode aumentar o risco de desenvolver hábitos compulsivos, como a coprofagia.
Já cães maiores, apesar de também serem afetados, geralmente têm acesso a ambientes externos com mais frequência, o que pode diluir a concentração em comportamentos indesejados. No entanto, nenhum porte está completamente livre desse problema.
A influência da genética no comportamento canino é um fator relevante. Certas raças possuem predisposição a comportamentos obsessivos ou de limpeza exagerada, o que pode levar ao consumo de fezes, especialmente em ambientes com muitos animais.
Além disso, a herança genética pode afetar o funcionamento do sistema digestivo e a absorção de nutrientes, criando um ciclo em que o cão tenta obter novamente nutrientes não absorvidos. Por isso, compreender o perfil comportamental e fisiológico da raça é essencial para um diagnóstico e tratamento eficaz da coprofagia.