8 espécies de animais que correm o risco de desaparecer para sempre

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma das principais ONGs ambientais, tem uma lista vermelha com mais de 87 mil espécies de animais ameaçadas de extinção, muitas delas consideradas em risco crítico de desaparecer.

Estas espécies contêm populações tão reduzidas no seu habitat natural que o número de indivíduos pode ser contado nos dedos e correm o risco de desaparecer em breve ou apenas sobreviver em cativeiro.

Vaquita

A Vaquita, o mamífero marinho mais raro do mundo, está em perigo de extinção. Há cerca de 10 indivíduos restantes desde que foram descobertos em 1958. 

Os especialistas acreditam que estão sendo afogados em redes de emalhar ilegais usadas pelos pescadores no Golfo da Califórnia. 

A vaquita possui uma coloração distinta. O topo é cinza escuro, os lados são cinza claro e a parte inferior é branca com marcas longas e cinza claro.

Seu rosto é característico, com um grande anel escuro ao redor dos olhos e manchas escuras nos lábios formando uma linha fina desde a boca até as nadadeiras peitorais. 

As vaquitas recém-nascidas têm uma coloração mais escura com uma franja de cinza que vai desde a cabeça até as barbatanas.

Elas costumam nadar em águas rasas próximas à costa, mas fogem rapidamente quando um barco se aproxima.

Saola

O saola, conhecido como “unicórnio asiático”, é um bovino de grande porte encontrado nas florestas de altitude das Montanhas Anamitas, localizadas entre o Vietnã e o Laos. 

Foi descoberto em maio de 1992 e, desde então, pouco se sabe sobre ele, pois não existe nenhum exemplar em cativeiro e é raro um avistamento. 

Estudos indicam que está em declínio devido à caça intensa e à destruição de seu habitat para construção de estradas e exploração de madeiras. 

Por essa razão, o saola foi listado como “Em Perigo Crítico” na Lista Vermelha da IUCN, o que significa que está com “risco extremamente elevado de extinção na natureza”, o que provavelmente resultaria em sua extinção total e irreversível.

Rinoceronte-de-sumatra

Com menos de 80 rinocerontes de Sumatra vivendo na natureza, os esforços estão sendo direcionados para a reprodução em cativeiro para tentar aumentar a população. 

A caça ilegal é a principal causa do declínio desta espécie, mas hoje em dia, a destruição de seu habitat para a produção de óleo de palma e papel é a maior ameaça. 

Além disso, a falta de conexão entre as populações fragmentadas reduz a capacidade de reprodução.

Entufado-baiano

O Entufado-baiano (Merulaxis stresemanni) é uma espécie de ave endêmica da Mata Atlântica, considerada criticamente ameaçada de extinção e que ficou escondida por muito tempo. 

Ademais, o reconhecimento da espécie ocorreu em 1960, quando pessoas compararam peles coletadas em Salvador (1831-1838) e Ilhéus (1945) com peles de Entufado (Merulaxis ater), chegando à conclusão de que se tratava de uma nova espécie. Em 1995, Gérard Baudet a encontrou durante uma visita a uma floresta no sul da Bahia, e mais recentemente, Rômulo Ribon a reencontrou no ano de 2004 na cidade de Bandeira, na divisa entre Bahia e Minas Gerais. 

Atualmente, parte da área dessa floresta faz parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do Passarinho, único local que se tem registro da ave.

Leopardo-de-amur

Desde 1996, o Leopardo de Amur está entre as espécies criticamente em risco de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). 

Esta espécie enfrenta inúmeras ameaças que vão desde a construção de novas estradas e empreendimentos até a caça ilegal, abate de florestas e alterações climáticas.

Lobo-vermelho

O lobo-vermelho é uma espécie nativa da América do Norte que foi declarada extinta na natureza em 1980.

No entanto, alguns exemplares acabaram sendo capturados por conservacionistas para iniciarem um programa de reprodução em cativeiro e reintrodução na natureza. 

Em 2011, a população destes lobos foi restabelecida para mais de 130 indivíduos. Todavia, infelizmente, o crescente desenvolvimento urbano e ações de caça por proprietários de terras e fazendeiros para proteger seu gado vem reduzindo substancialmente a população destes lobos. 

Outrossim, a Administração de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos estima que existem apenas 20 lobos-vermelhos vivendo na natureza, localizados todos no estado da Carolina do Norte.

Gorila-do-rio-cross

O Gorila-do-rio-cross (Gorilla gorilla diehli) é uma subespécie da família Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla).

Esta espécie é encontrada nas florestas tropicais e subtropicais da África Ocidental, entre Nigéria e Camarões. No entanto, este tipo de gorila é o mais ameaçado de todos os primatas.

Estimativas mostram que há entre 200 e 300 indivíduos ainda vivos na natureza, espalhados em pequenas populações separadas por áreas de cultivo. 

Assim, a destruição do habitat e a diminuição dos recursos alimentares estão contribuindo para a redução das populações desta subespécie de gorila.

Sirfídeos (moscas-das-flores) europeus

A IUCN divulgou em outubro os resultados de um estudo que indicou que quase 40% das espécies europeias de sirfídeos (também conhecidos como moscas-das-flores) estão em risco de extinção, sendo cinco delas classificadas como criticamente ameaçadas pela ONG. 

Ademais, esses insetos desempenham um papel fundamental na polinização e na reprodução das plantas.